O último dia em El Chaltén e ainda nos restava uma das trilhas mais conhecidas, à Laguna Torre. Um trecho de 24km ida e volta, bem demarcado, num terreno plano e pouco acidentado.
Quase desistimos no início pois corríamos contra o relógio pois tínhamos que entregar o carro em El Calafate no fim da tarde. Na noite anterior, deixamos as malas prontas e acertamos as contas no hostel para sairmos bem cedinho para aproveitar o dia.
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Saindo de El Chaltén pela manhã em um dos dias mais quentes que passamos na Patagônia. |
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Início da trilha |
O início da trilha com um morro foi o primeiro obstáculo, porém, o restante foi bem tranquilo e as paisagens mais uma vez nos deixaram boquiabertos.
A primeira parada, em cerca de 1h30min, é para observar o Cerro Solo, outro gigante que se ve desde o centro da cidade coberto de neve e de perto, é ainda mais belo.
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Vista do Mirador Cerro Torre, não deu pra 'mirar' muita coisa mas ta ótimo! |
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Glaciar Torre |
A caminhada é leve e beira o rio que corre rápido. A trilha se afasta e se aproxima do seu leito o tempo todo e é dificil resistir a parar para tomar um pouquinho de água pura e crsitalina sendo a mais saciavel de todas que já havíamos tomado.
Ao se aproximar da geleira o frio vai ficando mais intenso e o vento nos chicoteia, ha necessidade de recolocar as blusas. O verão Patagônico nos exige roupas em camadas, para que possamos tirar e colocar o tempo todo, ja que o clima muda rapidamente. Além disso, o protetor solar é item indispensável para todo o percurso.
Mais uma paisagem magnífica. Na pequena prainha de água doce formada pela laguna, pedaços de gelo enormes nos convida a brincar mesmo com muito frio. Quase não vimos o Cerro Torre devido o mal tempo, mas só de estar lá é mais uma realização com a sensação de dever cumprido na capital do trekking.
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Laguna Torre |
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Pedaços de gelo se desprendem e chegam até a margem. |
A volta num passo acelerado faz a trilha ficar curta, porém uma parada para o lanche e um pequeno descanso revela segredos que só quem ja esteve lá sabe do que eu estou falando.
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Cerro Solo: Uma pintura! |
A volta para El Calafate no fim da tarde ainda nos rendeu assunto, pararmos na estrada para dar carona a um casal de alemães que faziam um tour pela America Latina, e a mistura de inglês, alemão e espanhol nos rendeu boas risadas e fez a volta ser ainda mais divertida.
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Abastecendo no rústico posto de El Chaltén |
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Caindo na estrada e parando pra tirar mais uma foto. |
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Glaciar Viedma |
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Com uma vista dessa e um bom som rolando no carro a viagem de volta teve cenas de cinema. |
Uma dica importante é nunca chegar em cima da hora para devolver o carro. Esquecemos que ainda tínhamos que abastecer e tinha uma enorme fila no posto de gasolina. Em El Calafate existem apenas dois postos e que vivem cheios e então, tivemos que pagar o valor da taxa de combustível da locadora, que nesse caso até que foi justa. A diferença de preço foi pequena e tivemos que desembolsar só alguns dólares a mais.
Com a mochila nas costas, seguimos pela calçada e fomos a procura da nossa próxima hospedagem.
Quanto custa:
Trilha auto guiada e sem custos.
O que levar:
Levar lanche, sementes, frutas secas e garrafa de água para encher quendo passar próximo ao rio.